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domingo, 26 de abril de 2020

Máscaras: 7 sugestões para usar e dar mais cor à quarentena

A Weev deixou de fazer laços e começou a usar os mesmos tecidos para produzir máscaras
Usar máscara recomenda-se, é a nova moda e há quem esteja a produzi-las, bonitas, cheias de estilo e a combinar. Sete marcas e projetos que nasceram na internet

Não dispensa o cumprimento do distanciamento social e a higiene das mãos, mas o uso de máscaras comunitárias ou não cirurgicas é uma realidade a que nos temos de habituar nas poucas saídas de casa. A oferta em tecido, com forro em TNT (Tecido não Tecido) ou suporte para filtro tem crescido dentro e fora das redes sociais. Coloridas, com padrões ou mais simples, há escolhas para todos os gostos

1. Máscaras com pinta

Os laços e lenços coloridos da Weev eram presença assídua no LxMarket, o mercado de roupa, sapatos e acessórios que todos os domingos animava as ruas do LxFactory, em Lisboa. Com a declaração do estado de emergência, não só as feiras e mercados foram suspensos, como as festas onde se usam laços deixaram de acontecer. “Tinha de encontrar uma maneira de dar a volta ao negócio rapidamente. Uma semana e meia após o início do estado de emergência já tinha decidido dar um novo rumo à marca, produzindo máscaras de proteção”, conta Diana Nunes, fundadora da Weev.

Ao longo das últimas semanas, Diana produziu cerca de 120 máscaras que vendeu na loja online da marca. “É um produto para usar em saídas rápidas à rua, como as idas ao supermercado ou à farmácia”, afirma. “O exterior é de algodão e o forro de Tecido Não Tecido (TNT) lavável”. Neste momento, as máscaras encontram-se esgotadas, mas Diana Nunes espera conseguir voltar a vendê-las até ao final da semana. Fiéis ao estilo divertido dos laços e lenços da Weev, também as máscaras têm padrões e cores variadas. “Se a situação se prolongar e tivermos de usar máscara ainda durante mais alguns meses, então que seja com muita pinta”, sublinha Diana. Weev > www.weevstore.pt > @weev.store > a partir de €15

2. Padrões sem fim



A corrida às máscaras cirúrgicas foi o mote para que Ana Maria Pereirinha desse uso à arte da costura, que aprendeu em criança com a mãe modista, e fizesse uma máscara para si e outra para o marido. “Achei absurdo andar toda a gente à procura de máscaras cirúrgicas só para ir ao supermercado, levando a que estas faltassem a quem realmente precisa”, conta Ana Maria. Foi então que uma amiga médica viu as máscaras e lhe pediu se podia fazer mais algumas para pessoal não médico, que faz assistência domiciliária.
Publicadas algumas fotografias das máscaras no Facebook e no Instagram, os pedidos começaram a crescer. Para cobrir o custo dos materiais, Ana Maria decidiu começar a vendê-las. “Havia uma grande desconfiança em relação às máscaras de pano”, refere, “mas com as recomendações internacionais, as pessoas começaram a perceber que, se forem usadas corretamente, são o suficiente para a vida quotidiana.”
As máscaras, com suporte para filtro entre as duas camadas de tecido de algodão, vêm com um filtro de TNT, para demonstrar o tipo de material a usar e a forma de o colocar, no futuro. Às flores, aos quadrados ou às bolinhas, não falta escolha. Como afirma Ana Maria, “já é tão mau ter de usar máscara, que dar alguma leveza e beleza à obrigação torna-a menos pesada. A beleza não lhes tira qualidade nem seriedade”. Ana Maria Pereirinha Facebook > €7,50

3. Máscaras solidárias



O novo coronavírus e a quarentena levaram ao adiamento de muitos casamentos, deixando o designer Gio Rodrigues sem outra opção senão fechar as lojas e o atelier, onde desenhava e vendia vestidos de noiva e de cerimónia. Aproveitando os recursos que tinha, e com a ajuda de duas fábricas que doaram o trabalho de corte de peças e vários metros de TNT, começou então a produzir material de proteção individual para doar a profissionais de saúde . Após um apelo nas redes sociais, o designer conseguiu ainda reunir 150 costureiras voluntárias que o ajudaram a levar a cabo o projeto Nossos Heróis.
Nove mil e 600 cogulas, duas mil perneiras, 260 manguitos, 500 batas e 1 400 máscaras cirúrgicas depois, Gio teve de começar a usar os fundos da empresa para pagar o tecido e os elásticos. O designer do Porto lança agora uma coleção de tapa máscaras de poliéster, em que parte das vendas reverterá a favor do projeto Nossos Heróis. As peças, de corte elegante e padrões coloridos, são feitas com tecido que a marca tinha em stock e são indicadas para uso comunitário, como proteção adicional. Gio Rodrigues > www.giorodrigues.com > a partir de €17,45

4. Máscaras caseiras


Quando foi declarado o estado de emergência, Maria Braga apercebeu-se da necessidade de proteção, cada vez que saía de casa. “Tinha muita gente da minha família com doenças ou em idade de risco”, conta. As máscaras certificadas esgotavam nos vários pontos de venda e as poucas que existiam eram necessárias para os profissionais de saúde. Foi assim que nasceu a ideia de começar a confeção de máscaras, usando retalhos de tecido.
Até agora, Maria produziu cerca de 50 máscaras de pregas, com suporte para filtro, disponíveis na Micro Padaria, no bairro da Graça, em Lisboa, ou diretamente no Instagram @marialexandrabraga. “O preço indicativo são cinco euros, mas dada a gravidade da situação e a importância da proteção, estou a adotar a lógica de donativo. Cada um dá o que pode, quem quiser doar mais pode fazê-lo, da mesma forma que quem não puder mesmo pagar, pode levar a máscara gratuitamente”. Maria Braga > Micro Padaria > R. Angelina Vidal 35A, Lisboa > T. 96 773 0194 > seg-sex 9h-14h, 16h-18h30, sáb 9h-13h > @marialexandrabraga > donativo €5

5. Máscaras coreanas


As máscaras de modelo coreano da Al-finetes caracterizam-se pela conjugação de padrões diferentes e muito coloridos. “Apeteceu-me transformá-las em algo que traz alegria a esta realidade tão sombria”, explica Vanessa Alves. Apesar de a Al-finetes, uma marca de peças e acessórios feitos em algodão ou lã de merino, existir desde 2012, as primeiras máscaras feitas por Vanessa eram para uso pessoal. “Quando ia ao supermercado, percebia que muita gente não respeitava a distância de segurança. Depois, ofereci-as ainda a alguns vizinhos que, por trabalharem em negócios com takeaway, tinham algum contacto social”.
Os pedidos começaram a crescer de tal maneira que Vanessa oficializou a venda, através da página Facebook e do perfil de Instagram da Al-finetes. As máscaras de modelo coreano são feitas em tecidos 100% algodão e, a pedido do cliente, podem incluir um suporte para filtro. Al-finetes > @al_finetes > €5

6. É prò menino e prà menina


Na Pecegueiro & Filhos, a família vem em primeiro lugar – do nome, inspirado no avô, às roupas, inspiradas nos filhos dos criadores Sara Lamúrias e Pedro Noronha-Feio. Também a produção de máscaras nasceu da necessidade em proteger pais e filhos. “Estamos a fazer quatro tamanhos”, conta Sara, explicando que as duas medidas mais pequenas são para crianças e as duas maiores para jovens e adultos.
Em tecido 100% algodão, com uma bolsa para filtro, as máscaras são feitas com restos de tecidos que Sara e Pedro tinham em stock, mas também com novos tecidos da coleção de verão, nomeadamente os padrões exclusivos com espécies de animais protegidas em Portugal. “Lançámos as máscara na passada sexta-feira [dia 17] e já estamos com imensas encomendas. Não sabemos qual vai ser o ritmo, mas acreditamos que, acima de tudo, todos temos de usá-las pelo bem comum”, sublinha Sara. Pessegueiro & F.os > www.pecegueiro.com > @pecegueiro.e.filhos > €9 (inclui portes de envio)

7. Da passerelle para a rua



Sara França começou a pensar em criar máscaras de proteção logo no início de março. “Não levámos logo a ideia para a frente, mas depois de vários pedidos de amigos, família e não só, decidimos dar seguimento à ideia”, explica a designer de moda. “No penúltimo desfile da minha marca até tínhamos feito umas máscaras do género, porque acho giro. Em países mais frios, usam-se na rua normalmente”, conta.

Com tecidos que tinha no atelier e mais alguns que comprou, Sara produziu máscaras em algodão, recicláveis, laváveis a altas temperaturas e com três camadas de tecido, incluindo um bolso para o filtro. “A pedido, também fizemos máscaras com outras composições, sem ser só algodão”, acrescenta. As máscaras existem em três tamanhos, S para senhora, M para homem e XS para criança, e podem ser enviadas para qualquer ponto do país. Sara França > Encomendas O Estúdio e @oestudio.store > €13 (uma máscara), €20 (duas máscaras) > o preço inclui portes de envio



Fonte:
Visão.sapo.pt