Se é você a ciumenta:
- Reconheça que sente ciúme, sem negar ou escamotear a natureza perturbadora dessa experiência emocional.
- Comunique os seus sentimentos ao seu parceiro, indicando objectivamente as condutas que lhe provocam ciúme. Mas cuidado, não o submeta a uma pressão excessiva e nem pense em fazer ameaças ou agressões físicas.
- Depois desta conversa, o ciumento deve apurar o que se passa na realidade e escorraçar os pensamentos irracionais que eventualmente esteja a alimentar.
- Entretanto, deverá começar a ter mais cuidado na sua relação e avaliar atentamente a sua conduta face ao outro, para verificar se o ciúme foi consistentemente superado.
- Reflicta sobre a sua auto-estima, a segurança de si mesmo, a sua autoconfiança e a sua capacidade de auto-aceitação.
- E por último: fortaleça o diálogo autêntico, a confiança e o contacto psicológico íntimo; estes são os verdadeiros antídotos contra o ciúme.
Se é o seu parceiro que é ciumento:
-Acolha e compreenda este sentimento, mesmo que o considere destituído de fundamento e injusto para si.
- Não grite, não faça chacota nem o recrimine. Peça-lhe que lhe especifique quais os seus comportamentos que lhe provocam ciúme e leve-o a partilhar dúvidas, para que possam debatê-las e clarificá-las.
- Resista à eventual pressão para que abdique de situações que ele considera que podem facilitar a infidelidade. Ao abdicar da sua vida normal isto será interpretado como uma confissão tácita e reforçará as suspeitas do ciumento, em vez de dissipá-las. O corolário será o recrudescimento dos interrogatórios, da possessividade e do controlo asfixiante.
- Converse abertamente com o seu companheiro e faça-o analisar a realidade dos factos, para que os confronte com a percepção que tem dos mesmos. Incentive-o, ainda, a reflectir sobre as causas do ciúme que possam residir nele e não no seu comportamento.
- Não se acanhe e explique-lhe o que sente, sempre que for acusada ou espiada, para desmontar suspeitas infundadas ou fantasias delirantes.
- Faça-o tomar consciência do paradoxo que é duvidar de si e, ainda assim, dizer que a ama.
E se todas estas técnicas falharem, e mesmo assim ainda o ama, recorra a ajuda terapêutica, porque o ciúme pode minar a relação e torná-la verdadeiramente inviável.
Fonte: Revista Ativa
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