segunda-feira, 19 de julho de 2010

Mundo da Playboy em risco!


Bem a crise está a atingir quase todos, quem diria que o mundo da Playboy também poderia estar em risco derivado aos efeitos da crise...
Após mais de 50 anos a dar ânimo ao público masculino, revista parece não ter pujança suficiente para resistir à crise e à oferta da pornografia gratuita na internet.



Mulheres nuas já não vendem? Se vendem, pelo menos não é o que parece indicar o anúncio de demissão do director da Playboy Enterprises, perante a possibilidade do grupo ser comprado pela FriendFinder, empresa do universo online.

Criada em 1953 por Hugh Hefner, para o público masculino, a Playboy sofre mais uma chicotada, após a saída de cena de Christie Hefner, filha do fundador. Esta, que aos longo de 33 anos, conseguiu tornar a imagem do "Coelhinho" mais rentável na área do merchandising, do que pelas playmates.

É verdade que a crise reflecte-se na falta de publicidade na revista, mas os problemas são muito anteriores, com a empresa a não conseguir reagir à crescente oferta de produto semelhante na internet, apesar de ter lançado emissoras de filmes eróticos na TV por cabo.

Em 2008 e 2009, as acções grupo caíram a pique, tal como as vendas da revista, levando o o fundador, de 84 anos, a querer vender património para comprar a totalidade de um universo que chegou a valer quase mil milhões de dólares.

O desmoronar do império de Hefner deixou-lhe a mansão Playboy vazia e foi acompanhado pela deserção das suas coelhinhas - com idades para serem suas trinetas. As suas favoritas - com numeração, não fosse o nome ser comprido demais para ser decorado - trocaram-no por outros homens, bem mais jovens.

A resposta à crise atingiu inclusive os conteúdos. Vejamos: na senda de uma estratégia de marketing que pudesse chegar aos jovens - correspondendo à imagem do sonho americano, há duas décadas, de um jovem no quarto de banho com a revista numa das mãos -, a Playboy avançou com a matriarca dos Simpson - sim, um desenho animado - para a sua capa. Sendo que, talvez, só terá despertado a libido nos amantes de Manga e da estranha família de Springfield.

O site americano, quando até está disponível, pouco mais oferece do que a revista impressa. E como se diz na América: para quê pagar 90 dólares de acesso aos outros conteúdos daquele site, se pode poupar essa quantia e passar um ano bem animado com a gratuitidade do site Xvideos?

Contas feitas: um dos símbolos mais famosos do mundo, o "Coelhinho" terá que fazer mais para sair do vermelho. Daí a FriendFinder ser talvez a melhor opção. Isto é, se não quiser terminar numa simples pata peluda de recordação do erotismo do século XX.
Fonte: JN

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